segunda-feira, 13 de junho de 2011

Osteoporose e exercício físico

Fisiopatologia Osteoporose - Osteopenia


               Nossa estrutura esquelética é extremamente dinâmica, está sempre se adaptando a estímulos internos e externos. Essa estrutura é formada por 4 principais células: Células de Superfície, Osteoclastos, Osteoblastos e Osteócitos. A primeira célula, células de Superfície que revestem os ossos,  ativam enzimas para que  removam a proteção que existia sobre esses osso. A segunda célula, Osteoclastos, digerem essa remoção das primeiras células e promovem uma reabsorção. Logo depois, os osteoblastos, que são grandes células, fazem o processo de reconstrução do osso. Então, em cada ciclo você tem uma destruição e uma construção de osso. No caso da osteopenia, a ação dos Osteoclastos está mais evidente que dos Osteoblastos, gerando um saldo negativo, espaços vazios dentro do osso, tornando mais poroso e frágil.   Com o passar do tempo, nós vamos perdendo a ativação dos osteoblastos por natureza, e aumentando a atividade dos osteoclastos, favorecendo assim a perda de mineral ósseo. Isto está associado também à exposição ao sol, à vitamina D e à menopausa, por deficiência dos hormônios femininos. A última célula, não menos importante, são os osteócitos. Eles funcionam como sensores, a fim de sinalizar a necessidade de reposição óssea.

Exercício e Osteoporose - Osteopenia

                  A tendência da mulher que está na menopausa é de perder a densidade mineral óssea, como já foi citado, por isso, o fato de não haver uma piora no quadro já é muito bom. Enquanto que as mulheres que permanecem sedentárias, agravam o quadro em menos de 9 meses. Para que haja um saldo positivo entre os Osteoclastos e Osteoblastos, é preciso estressar o osso, pressão, torção, compressão.... Algo que faça ele reagir e perceber que precisa se tornar mais forte.  Estudos comprovam que a corrida quando feita em alta
intensidade, promove a força de reação ao solo, gerando um aumento da D.M.O.
Coupland et al 1999, verificou que é mais interessante a intensidade da corrida ( velocidade) do que a distância (volume) para aumento da D.M.O. Outros colaboradores encontraram o mesmo resultado: Kato et al 2006, Fuchs et al 2001 e etc.

Já no treinamento resistido, existem vários estudos comprovando o aumento e a prevenção da D.M.O. A musculação promove o aumento da fosfatase alcalina, que é um marcador de construção óssea. (Lester et al 2009)

Kerr et al 1996, realizou um estudo com mulheres no período pós-menopausa, comparando intensidade altas e moderadas. Verificou-se que a intensidade alta houve ganho de D.M.O. em todos os locais avaliados, enquanto a intensidade baixa não foi suficiente para estimular o aumento da D.M.O. Stengel et al 2005, 2007 também encontrou os mesmos resultados.


 Concluindo, o exercício físico quando prescrito corretamente, pode prevenir a perda de Densidade Mineral Óssea e ainda aumentar.



Referências: 
Paulo Gentil 2001 - Curso Treinamento Resistido para Grupos Especiais

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